A moça deitada na areia,
tem o corpo despido ao meio.
Espumas percorrem por sobre toda a pele,
e o mar reinventa uma coberta...
Enche a maré,
e cobre de ondas,
o corpo da mulher...
Abaixa-se,
e como um lençol,
lenta e levemente a despe,
fazendo com que apareça
o pescoço,
depois,
aos poucos,
o corpo todo...
(Um belo corpo moreno...)
Volta o mar a subir
e toda ela recobrir
(jamais a face...),
tanto no ir quanto no vir das ondas,
tanto no cobrir quanto no despir do lençol,
da coberta...
A moça deitada na areia,
transforma-se em obra admirável,
perfeitamente despida,
esculpida à beira-mar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário