A face da lua,
invade a face do poeta,
e o torna mais belo...
A face do poeta,
invade a face da lua,
e a torna mais bela ainda...
Assim,
ambas se fundem,
e em um só espectro,
se confundem,
não se sabendo nunca
onde uma começa
e a outra termina...
Apaga-se a face da lua,
acenda-se do poeta...
Apaga-se a face do poeta,
acenda-se da lua...
É assim:
indo,
vindo,
surgindo,
sumindo,
partindo,
voltando,
acendendo
e apagando.
Que ambas,
sendo só uma.
Uma só forma,
jeito
e maneira do ser.
Ficando o poeta
e
a lua sem saber,
onde ele começa
e onde ela termina...
E serão sempre assim as duas:
unas e confusas...