A face da lua,
invade a face do poeta,
e o torna mais belo...
A face do poeta,
invade a face da lua,
e a torna mais bela ainda...
Assim,
ambas se fundem,
e em um só espectro,
se confundem,
não se sabendo nunca
onde uma começa
e a outra termina...
Apaga-se a face da lua,
acenda-se do poeta...
Apaga-se a face do poeta,
acenda-se da lua...
E serão sempre assim as duas:
unas e confusas...
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