sábado, 7 de junho de 2025

Numa Padaria aos Domingos

Eu ando por uma calçada, aqui, em Botafogo, aos Domingos, Meu único dia de folga... Paro numa pequena, simples, modesta e humilde padaria. Como um pastel, tomo um caldo de cana, sempre bem doce e gelado... Acendo apenas um cigarro, que tiro de um bolso velho e furado, (Um, para todo o dia...) para não perder o hábito. Sento-me numa simples e humilde cadeirinha em frente ao balcão onde um atendente sempre gentil, humilde e sorridente, me serve. De repente, Por sorte ou milagre, Uma moça entre no recinto, fique em pe, Bem aqui, ao meu lado. Não me olha nem na cara, tao pouco me sorri fica sempre calada, Faz o que tem para fazer e, um segundo depois, vire-me ás costas e sai. Eu continuo ali, na padaria, no recinto, terminando eternamente meu cigarro, meu pastel, e meu caldo, (Sempre tão doces...) e caladamente imagino, se ela por um segundo parasse, me olhasse, me sorrisse, e, comigo trocasse apenas duas palavrinhas... Eu seria, por um momento, por uma tarde ou por um dia, naquela padaria, a pessoa mais feliz do mundo. Ah, como seria! Mas a esperança, voce sabe, e sempre a última que morre...

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