domingo, 3 de novembro de 2024

Um Cadáver

Um plástico preto cobrindo o seu corpo. As pessoas na Lagoa Rodrigo de Freitas todas param para ficar olhando para o seu cadáver. Você não está mais ali, nem em lugar nenhum. Você não sente mais o asfalto sob o seu corpo. O seu corpo agora (e para sempre) está inerte. Você neste momento (e para sempre), não existe mais. As pessoas passam, param, e ficam apenas olhando para àquele plástico preto. As pessoas que passam, sim, elas existem (e como existem!) Eu ando pela lagoa rapidamente e me deparo com o plástico preto cobrindo o seu corpo. assusto-me, espanto-me, e ando em volta da lagoa sete quilômetros. (Como se fugisse assustado de você...) segundos depois, somos completamente indiferentes um ao outro...

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