sexta-feira, 15 de novembro de 2024
A Mansão
Eu visito a mansão,
e penso que o meu corpo ali não cabe.
A casa é muito grande para uma só pessoa...
Eu ando pela casa,
como se estivesse andado
por um imenso parque,
por uma imensa floresta
ou por uma imensa selva...
O meu corpo se perde nos mínimos centímetros
e detalhes.
Sinto-me um bebê confuso naquele mundo arquitetônico.
A casa é tomada por ausências e por silêncios.
O silêncio e a ausência são tão grandes,
que a construção fica sendo para lá de ensurdecedora.
Eu falo,
eu grito,
e o eco devolve o som da minha voz
numa velocidade e numa qualidade infinitas...
A minha estatura é muito pequena para caber
nesta geografia...
Admiro a sua beleza e a sua imponência de forma muito distante
e fico encantado de como a casa
abarca todo o meu corpo.
E de como dentro dela,
de tão bela
e de tão grande,
sinto-me assim,
tão insignificante...
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