terça-feira, 18 de novembro de 2014

Um Grande Poeta (Para Manoel de Barros)

Foi-se o poeta...
Garanto que no asfalto,
uma rosa nasceu!
Pare a vida geral!
Pois um grande poeta morreu...

Não um poeta qualquer,
não um poeta como eu.
Não um poeta
e toda a sua insignificância.
Recolhido em mil estabelecimentos.
Muito preocupado com burocracias...
Mas um poeta,
um poeta dos melhores,
um poeta dos maiores,
um poeta á vera!
Um poeta que viveu poesia.
um poeta que tinha cheiro,
Jeito,
forma
e gosto de terra...

Um poeta que andou pelo mundo,
e que passou pela vida,
com asas de infinito,
e passos de formiga...

Um poeta morreu,
e um inseto se agigantou.
Transformou-se em grande,
solene orador,
e reto no galho da mais bela árvore.
Onde um sol multicor,
inventa um arco-íris,
fez um discurso a ti
e em forma de poesia,
a ti homenageou...

Um poeta morreu,
e toda a natureza,
com toda a sua força,
beleza
e grandeza.
Toma forma,
maneira
e jeito de gente.
E aplaude de pé,
sobre a mais fina flor,
A vida e a obra do poeta Manoel de Barros!

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