domingo, 20 de março de 2016

Poema Cívico

Acordo ás sete  horas da manhã em meu país,
e olho para além da janela.
E já não vejo tanques blindados,
homens fardados
Cavalos
ou cães policiais,
em coleiras amarrados,
ameaçando
ou cerceando o direito e a liberdade de um povo...
O direito à liberdade de seu povo...

Acordo às sete horas da manhã em meu país,
e estou sem exílios,
censuras 
ou torturas que me empeçam...

Acordo às sete horas da manhã em meu país,
e antes de sair à rua,
espreguiço-me longamente,
levanto-me lentamente,
barbeio-me,
tomo café,
escovo os dentes,
troco-me
e olho para além do infinito,
e percebo,
(como sou feliz com isso...)

Que os cavalos,
os tanques,
as fardas,
as armas
E os cães de raça
que dominavam outrora,
já sumiram há muito,
e já não podem mais,
nunca mais,
impedir-me de exercer todo
e qualquer ato,
legítimo
e democrático que quero,
apenas porque quero,
nunca mais...

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